Archive for the ‘Fotografia’ Category

A tecnologia de ponta dos celulares

26 de julho de 2010

Há tempos um centro de estudos tecnológicos da Universidade de Stanford pesquisa o código aberto para cameras fotográficas. Isso vai permitir que, por exemplo, a própria camera crie uma panorâmica (o que o IPhone já faz) ou uma HDRImage.

Parecia algo que afetaria o mercado profissional, mas eu acho que o foco mesmo são os celular. Não à toa um dos financiadores das pesquisas é a Nokia.

Procura-se Jornal Para Conteúdo Multimídia

20 de abril de 2010

Me interesso bastante por multimídias como forma narrativa de reportagem e documentação. Esse interesse, que só cresce, começou com o trabalho produzido pela MediaStorm com fotos e filme de Olivier Jobard sobre Kingsley, um camaronês que fugiu da pobreza de sua cidade, Limbe, para uma nova vida em Paris, através das Ilhas Canárias. Isso tem uns 5 anos.

A MediaStorm tem diversos multimídias de fotógrafos espetaculares e muitos jornais também produziram inúmeros trabalhos com essa linguagem que já foi identificada como uma das mais bem sucedidas transposições de conteúdo jornalístico para a internet. Nos EUA.

Exemplos não faltam. Dos “mega” Magnum In Motion e New York Times, aos locais Tampa Bay Times e The Chronicle .

Não só a forma de contar histórias se torna interessante e emocionante. Trata-se também da investigação da melhor forma de passar a mensagem ao leitor no novo ambiente que é a internet. A nossa implicância, por exemplo, com filmes que são a reprodução da linguagem de tv nas telas de cinema, ainda não foi transposta para a internet, mas será – pela solicitação de interação, por exemplo.

A mídia – e seus usuários – vai definir sua linguagem. Talvez de uma forma conturbada, tamanha é a proliferação de teorias, mas isso só representa o quanto o imprevisível universo da comunicação online está sendo analisado.

Henry Jenkins passa boa parte de seu livro A Cultura da Convergência citando exemplos de experiências transmídias – as que envolvem diversos tipos de participação do público-alvo. É uma reflexão sobre tendências em projetos que atraiam a participação desse público, pela internet. Tudo muito voltado para marketing e business.

O que se procura, segundo Jenkins é aumentar as áreas de contato entre a marca e o visitante consumidor.

Transpondo isso para a área editorial, o desafio se torna descobrir formas variadas, criativas e eficientes de informar e manter o leitor. Essa não é nenhuma conclusão  impressionante, não é mesmo? E talvez prescindisse de tamanho nariz de cera para chegar aqui. Não será nenhuma surpresa, tampouco, se disser que a narrativa de reportagens multimídias preenche estes pré-requisitos.

O que impressiona, realmente, é nenhum site ou jornal brasileiro se interessar em produzir material dessa forma, optando por reproduzir na internet suas versões impressas ou de tv. A maior das participações oferecidas é a postagem de um comentário ou enviar determinado artigo para o Facebook…

O que impede, por exemplo, que a Folha ou o Estadão produzam um trabalho, no Brasil, como o da Magnum http://inmotion.magnumphotos.com/essay/silent-maternal-mortality-india para a Human Rights Watch?

Para uma equipe que passa  uma semana no Rio Negro, duas páginas e a publicação de 5 imagens é por certo um desperdício. Pensar na possibilidade desse material ser plenamente aproveitado, em uma nova e inovadora mídia, que atraia e envolva o público em busca de um bom conteúdo me parece evidentemente bom.

Por que será que isso não acontece?

Rede Social no Mundo Real

20 de março de 2010

Acabo de repassar uma mensagem de Bill Gates.

Quem diria que um dia isso fosse acontecer na minha vida.

Na verdade, “retwittei” um link do Washington Post falando de educação publicado por ele aos seus seguidores, que é onde me enquadro. O autor da matéria, Chester E. Finn Jr, mesmo sendo de um mundialmente prestigiado jornal, deve ter triplicado sua audiência, só com  essa indicação de um dos homens mais influentes do mundo.

Bom, eu também “retwittei” a mensagem aos meus amigos, não é? Essa é minha rede. A de Bill Gates, só no Twitter,  tem quase 620 mil leitores.

Atualmente até quando dobramos uma esquina nos deparamos com redes sociais. O assunto está em todo o canto. Até no metrô de São Paulo, nas dicas de Bob Wollheim, que alerta sobre a quantidade – e falta de qualidade – de novos analistas do tema. Eu mesmo já estive em palestra para saber mais sobre mídias sociais e saí conhecendo uma empresa que produz sites de relacionamento e umas dicas que devem estar na Você SA do ano passado (na Fast Company, então…).

Até portais de conteúdo temem o Twitter, exemplar suprasumo de aglutinação amigável. Eles acreditam que os participantes envolvidos confiam mais em dicas de pessoas de seu círculo do que em sugestões de consultores. Isso vale para compras, leituras, estudos; enfim, tudo que for consumo.

Na recente edição da Neiman Foundation (de estudos jornalísticos ligada a Harvard), toda dedicada ao jornalismo visual (é claro que vale outro post, mas são quase 60 artigos), Brian Storm, criador da MediaStorm, ressalta o quanto trabalhos de boa qualidade tiram proveito das conexões virtuais.

Nunca tivemos uma situação como essa, onde as pessoas podem espalhar coisas tão rapidamente como agora. E o que eles vão espalhar? Eles espalharão qualidade. É como poder dizer agora, ‘Ei, acho isso ótimo’. Este ciclo social não existia antes”, diz ele, na entrevista à editora Melissa Ludtke.

E completa: “Facebook é minha nova front page”.

Construindo Relacionamentos

Numa esperta estratégia de trazer empreendedorismo a seu público, o PhotoShelter fez alguns documentos  voltados para nosso mercado, como o Google Analytics For Photographers. Daí, fazer o Social Media For Photographers era mais do que evidente.

Mas o documento sobre mídias sociais tem algo de enrolation. Apresenta dicas que alguém envolvido com a blogosfera já pode ter sacado. Mas o seu twitter (twitter.com/photoshelter) dá ótimos links – o que é melhor do que alguns blogs, que bem poderiam se tornar twitters.

Mídias sociais são realmente um assunto a ser tratado em nosso benefício, com a principal atenção de trabalha-la virtualmente – como lembra o documento do PhotoShelter – mas sabendo que o que a faz funcionar efetivamente é o que se constrói no mundo real, fora da internet.

Até aqui, os exemplos se referem ao lado comercial do lance: divulgar trabalhos, vender imagens, apresentar idéias e buscar colaborações, desde que estejamos dispostos a nos expor e tenhamos o que apresentar.

Existe também o lado do consumo, que diz respeito ao quão acessíveis podemos estar para aceitar o que alguém da nossa rede sugere. E existe, em grande quantidade, quem está na rede para ver no que dá. Afinal, tudo isso é novo. Valeria ao menos entrar em um Twitter, Facebook, Orkut, LinkedIn, YouTube ou outro do seu bairro, só para reencontrar amigos antigos.

Já fiz isso. Recentemente encontrei amigos e amigas de mais de 30 anos atrás. Estou muito feliz de tê-los na minha rede social novamente, principalmente na que é construída fora do  mundo virtual.

O Flagrante do Light Painting

17 de fevereiro de 2010

Uma grande amiga minha, Alice Granato, um dia me chamou para fazer um trabalho para a revista da Fuji. Me perguntou o que eu poderia sugerir. Na época eu tinha inventado de fotografar casais amigos grávidos, com a hassel e uma lanterninha. Era só botar no B e ir registrando com a luz da lanterna o que quisesse.

Isso não era exatamente novidade, porque ainda é muito usado em still life e tem a famosa foto de Pablo Picasso desenhando com a lanterna, feita por Gjon Mili. Mas o lance, pra mim, era fotografar gente, que escolhia o modo de posar e tinha que ficar paradinho por uns 3 ou 10 minutos, dependendo da viagem que viesse a nossas cabeças.

A primeira que fiz foi para uma matéria quando ainda estava no Estadão, mas o jornal não entendia muito o que aquela imagem tinha de diferente.

Depois fiz de outra amiga, em NY, Christiana George, no seu apartamento, em 1996. Ficou surreal, porque Chris não é exatamente essa pessoa que fica parada por 1 minuto. Sumiram uns pedaços dela, mas nós adoramos.

Para a revista da Fuji, achamos que daria um tom meio retrô (ou é vintage?) e ela sugeriu que fizéssemos isso na matéria com Arnaldo Antunes.

Passamos a noite com ele – bem, normalmente é melhor que se faça isso a noite, mas pode ser num quarto escuro – que no final disse que já estava gostando de ficar quieto num canto.

O fato é que independentemente da forma como a imagem foi capturada, o resultado ficou pouco “efeito” e a situação de deixar uma pessoa por tanto tempo, parada, mergulhada no silêncio, faz seu olhar procurar algo, que talvez a gente só capture, muito ao contrário de uma pessoa estagnada, num verdadeiro e único  Instantâneo.

A foto publicada não foi essa, mas qual é a vantagem de mostrar o que já foi visto.

Vencedores do World Press Photo 2009

12 de fevereiro de 2010

Foto do italiano Pietro Masturzo, Picture of the Year, da WPP

Saiu a premiação do World Press Photo.

Você pode ver os destaques no site da Lens Culture, e o slideshow com link na imagem acima.

Milionário compra 200 mil fotos da Magnum

3 de fevereiro de 2010

Do site do Finantial Times (clique nos links)

FT.com / Media – Dell fund acquires Magnum opus.

WordPress da Smashing para Fotografia e Multimídias

26 de janeiro de 2010

A Smashing Magazine criou um tema baseado no WordPress especialmente para blogs carregados de multimídias e fotos.

O download é gratuito. Clique na imagem e saiba mais.

O Mercado de Fotografia, Segundo Bob Hoggart

14 de agosto de 2008

Rob Haggart é editor de Fotografia, ou foi. Não se arrepende da decisão de deixar a redação do Men’s Journal, trocar Nova York por Durango (Colorado) e investir na Internet. Com um blog super ligado no mercado, o A Photo Editor, e muita perspicácia, já lançou uma plataforma de sites para profissionais, com direito a mostruário com trabalhos do onipresente Antonin Kratochvil (PhotoFolio, link na imagem) .

Haggart nada a favor da corrente e seu blog não é um a mais no mar de informações sem sentido, principalmente porque se preocupa em debater e apresentar questões. Faz isso sem misturar autoria, copyright e proposta de trabalho para o mercado editorial/institucional.
Em um de seus posts tem uma entrevista com o Diretor Criativo da Wired, Scott Dadich, que comenta o respeito que tem pelo trabalho dos fotógrafos que colaboram com essa prestigiosa revista. “Não dou permissão aos nossos designer cortar ou alterar nenhuma das imagens em nossas páginas e, em grande parte, tentamos não escrever sobre elas” (leia a entrevista aqui).

O Flickr parece ser um de seus assuntos preferidos. Já no início do blog ele propôs formas de fotógrafos tirarem proveito do site para serem vistos por diretores de arte (aqui). Há pouco tempo escreveu um post listando por quê editores não optariam por uma foto do Flickr para sua edição (aqui). O último cita o imbróglio criado pela Heinekein por acreditar que as fotos sob o selo Creative Commons do Flickr poderiam ser usadas livremente em publicidade (aqui).

O mais interessante é a comparação das discussões que nos envolvem. Os temas são semelhantes. Já a qualidade do debate…

O que mais precisamos aprender com Bob Haggart?

Quando você deixou o Men’s Journal, estava claro para você que deveria apostar na Internet?
Com certeza, sim. Eu queria viver fora de Nova York e queria trabalhar com o futuro da Fotografia e da mídia, que é a Internet.

Vejo na Fotografia duas discussões diferentes. Uma é sobre a própria fotografia; linguagem, o digital, novas tecnologias, etc. A outra é sobre o mercado, que é o “como sobreviver”. Mesmo quando você fala de fotos é sob um olhar mercadológico. É proposital? O quanto é esse assunto é importante para você?
Sim, é claro que Fotografia é um negócio e da mesma forma o é publicar revistas. Os fotógrafos que buscamos podem ajudar a revista a se conectar a consumidores e anunciantes. Não é só fazer a matéria ou tirar fotos de um assunto que fortalecerão os negócios pela Fotografia.

Seu blog está sempre propondo comportamentos, discussões ou dando dicas para profissionais. Nós temos a idéia de que fotógrafos na América são bem preparados para lidar com o Mercado, diretores de arte, editores. Não é essa a realidade?
Eu acho que todos querem estar adiante na competição. Fotógrafos estão sempre procurando por um jeito melhor de se aproximar de clientes ou tentando aprender como podem trabalhar melhor com certas situações.
Ultimamente eu acho que isso importa muito pouco porque a fotos são tudo o que importa. Mas se você pensa o quanto é difícil se tornar um fotógrafo melhor e o quão fácil é comprar um protifólio colorido, você verá o porque da discussão sempre se voltar para “qual portifólio colorido eu devo comprar?”

Enquanto o próximo post não vem…

5 de agosto de 2008

Quero falar de Rob Haggart, um editor que largou seu trabalho em Nova York para fazer o que gosta: esquiar, correr, andar de bicicleta e voltar a ter prazer com fotografia. Foi aclamado como herói por invejosos work-a-holics em seu blog, que está para ser comentado aqui há tempos.

Falta de tempo…

Não posso dizer que sou um dos invejosos porque não postei nada no blog de Rob, mas São Paulo torna qualquer um viciado em trabalho com facilidade. E também já esgotei a minha cota de “largar coisas“.

Enquanto leio uma entrevista que ele fez e preparo um post, dêem uma olhada neste trabalho de Phillip Toledano sobre sexo ao telefone (link na imagem e aqui), cujo link peguei lá no aphotoeditor.com .

50 Megapixel de Hassel!

10 de julho de 2008

Se algumas agências de publicidade já exigiam de profissionais equipamento como a Hasselblad por seus 39 megapixel, elas agora podem ser mais exigentes. A empresa promete para outubro o lançamento da H3DII-50 (foto), que faz arquivos de 50 megapixel utilizando um sensor Kodak.

A “pequena” desvantagem é que ela faz uma foto por segundo e cada uma delas pode ocupar 300 mb no seu cartão, se é que alguém vai sair com ela por aí, ao invés de plugá-la num laptop.
Valor previsto: em torno de US$ 37.000, nos EUA, ou £21.995 no Reino Unido.
Os vendedores da Hassel chegam ao Brasil semana que vem, e só então será definido o valor em reais, mas que deve girar lá pelos R$ 115 mil (já com impostos).
Até que não ficou tão caro (pra quem pode), considerando que a versão H3DII de 39 mpixel custa R$ 106 mil no revendedor autorizado T.Tanaka. Só ano passado foram vendidos 98 conjuntos.